SRI - Santuário de Recreio e Instrção
Astérix chega a casa em bicos de pés para não acordar a Maria... Vinha da Sociedade... Tá claro...
Tempo houve em que a Sociedade de São Marcos era um género de santuário serrenho. Verdadeiro local de culto onde o Shôr Bóbita ditava as regras e impunha, tal como um pastor, horários e ritmos. Ali, como numa igreja, jovens e velhos eram baptizados ou, se quisermos, rebaptizados.
Saudável convívio de gerações com humor… muito humor à mistura. Perto daquilo o Gato Fedorento era um aborrecimento. Por ali passaram “Facadas”, “Camisas”, “Zeca”, “Testa de Ferro”, “Dhalsim”, “Fantasma do Terraço”, “Abecassis”, “Tuna”… e muitos outros que só os locais conseguirão reconhecer nestas alcunhas.
As noites eram, sem preconceitos, passadas em convívio e camaradagem. No snooker, no bilhar, na batota ou, simplesmente, na minizinha fresquinha. Puro ócio, portanto… como convém.
Havia ainda os bailaricos, onde se destacava o do 31 – verdadeiro ícone da “maluqice” para jovens hoje na casa dos 50. Desciam da serra as “moças roliças” e a concentração de Zundapps tomava conta da Rua do Castelo. Era uma alegria ver novos e velhos divertidos e empenhados na festa e, sempre que possível, no “roça roça” em plena pista.
Nessas noites aconteciam encontros “calientes” em tudo o que era recanto obscuro da aldeia e, quiçá, muito comentador anónimo deste blogue – hoje contra os serrenhos – não tenha passado de espermatozóide a embrião nas escadinhas do Largo da Igreja ou no jardim da Escola Primária.
Tudo isto para perguntar, aos serrenhos que por aqui passam e postam, para quando a Sociedade - essa Instituição - aberta novamente e com os frigoríficos apinhados da boa mini?!