Isto vai bem

Tirando o rally de Portugal nada levanta pó na freguesia de São Marcos da Serra desde o início do ano. É por isso que também eu tenho andado arredado do blogue e chateado por notar que nos últimos tempos a debandada tem sido bem visível. Por este andar não aguentamos até às próximas autárquicas.

O tema é doloroso mas tem que ser colocado:
O que fazer com a freguesia de São Marcos da Serra quando (e já falta pouco para isso) deixar de ser viável manter a actual estrutura? Não era a primeira vez que uma freguesia era extinta e o seu território espartilhado entre as freguesias vizinhas. Isto dá, como se diz na gíria, “pano para mangas” e de certeza que se irá debater o assunto.
Na politiquice da aldeia temos o “tabu” José Folgado. Toda a gente sabe que o homem se vai recandidatar, mas como ele ainda não foi à SIC Notícias formalizar a coisa diz-se na aldeia que “se ele se candidatar, ganha”. Cuidado Maya, que esta malta de São Marcos não brinca. Temos também uma certeza no lado do PSD, o nome do candidato acaba em “rita”, ainda não se sabe é se de Cabrita ou de Rita. No PCP, aposto eu, haveremos de ter os mesmos cartazes de há 4 anos, que isto não é altura de grandes desperdícios. Já se sabe que isto é como no futebol: “A bola é redonda, são 11 de cada lado e no final ganha a Alemanha.”
Não vejo a hora da Estalagem abrir portas e de, num passe de mágica, centenas de turistas em idade de reforma passarem a subir, esbaforidos, as ladeiras da aldeia para comprar na “rua das lojas” artesanato típico da aldeia. À noite passa tudo para a “rua dos bares” onde se embebedam até altas horas. Vai ser uma animação. Eu, se vivesse em Lisboa e me apetecesse umas férias na natureza pensava de imediato em São Marcos da Serra. A biodiversidade é fantástica: existe esteva, chaparro, silvado e eucalipto em diversas formas e todas biológicas. Aqui não temos plantas de plástico. Para descansar o local também é o máximo, com a linha do comboio a 30 metros e duas subidas do caneco a ladear o edifício e a garantir que as Zundapeiras são obrigadas a abrir o escape.
Era mesmo disto que nós precisávamos para desenvolver a vila! Obrigado!
publicado por João da Serra às 03:18 | comentar | favorito